A declaração SELECT
é o comando central e mais frequentemente utilizado na Linguagem de Consulta Estruturada (SQL). Seu propósito primordial é consultar e recuperar dados armazenados em um banco de dados relacional. Esta declaração constitui a base para a maioria das interações com o banco de dados, sendo indispensável para tarefas como geração de relatórios, análises de dados e diversas formas de manipulação de dados. A versatilidade da declaração SELECT
permite desde a extração simples de todas as informações contidas em uma tabela até a formulação de consultas complexas que envolvem filtragem, ordenação e agregação de dados provenientes de uma ou múltiplas tabelas.
Estrutura Fundamental do Comando: A sintaxe mais elementar da declaração SELECT
requer a especificação das colunas que se deseja visualizar e da tabela de onde esses dados devem ser extraídos.
A estrutura básica é:
SELECT nome_coluna1, nome_coluna2,...
FROM nome_tabela;
Neste exemplo, nome_coluna1, nome_coluna2,...
representam as colunas específicas que o usuário deseja que a consulta retorne. A cláusula FROM nome_tabela
indica a tabela fonte desses dados.
Para selecionar todas as colunas de uma tabela sem precisar listar cada uma individualmente, utiliza-se o caractere asterisco (*
).
SELECT *
FROM nome_tabela;
Embora o comando SELECT *
seja conveniente para exploração rápida de dados, seu uso em ambientes de produção ou com tabelas muito grandes pode acarretar implicações de desempenho e clareza. A recuperação de todas as colunas pode consumir desnecessariamente mais recursos de rede e memória, especialmente se apenas um subconjunto das colunas for efetivamente utilizado.
Dica: Em tabelas com um número extenso de colunas, SELECT *
pode obscurecer a intenção da consulta, tornando-a menos legível, pois não explicita quais dados são cruciais para a análise. Adicionalmente, se a estrutura da tabela for alterada (com a adição ou remoção de colunas), o uso de SELECT *
pode levar a resultados inesperados ou erros em aplicações que dependem de uma ordem ou número fixo de colunas. Por essas razões, a prática de especificar explicitamente as colunas desejadas é geralmente preferível, pois melhora a autodocumentação da consulta e a torna mais resiliente a modificações na estrutura da tabela subjacente.
WHERE
e Operadores SQL FundamentaisA cláusula WHERE
é um componente essencial das declarações SQL, utilizada para filtrar registros e extrair apenas aqueles que satisfazem uma condição específica. Sem a cláusula WHERE
, operações como SELECT
, UPDATE
ou DELETE
seriam aplicadas a todas as linhas da tabela, um comportamento que raramente é o desejado em manipulações de dados precisas. Na ordem de execução de uma consulta SQL, a cláusula WHERE
é processada após a cláusula FROM
(que determina a(s) tabela(s) fonte) e antes da cláusula SELECT
(que especifica as colunas a serem retornadas).
Estrutura do Comando:
SELECT nome_coluna1, nome_coluna2,...
FROM nome_tabela
WHERE condicao;
A condicao
dentro da cláusula WHERE
é uma expressão lógica que é avaliada para cada linha da tabela. Se a condição for verdadeira para uma linha, essa linha é incluída no conjunto de resultados.
Um aspecto crucial a ser compreendido sobre a cláusula WHERE
é sua posição na sequência de processamento lógico de uma consulta SQL.
>
, <
, >=
, <=
, =
)Os operadores de comparação são utilizados extensivamente dentro da cláusula WHERE
para comparar dois valores, permitindo que os dados sejam filtrados com base no resultado dessa comparação. São ferramentas essenciais para refinar os resultados de uma consulta, selecionando apenas as linhas que atendem a critérios específicos.
Estrutura do Comando e Exemplos: A sintaxe geral envolve nome_coluna OPERADOR valor
.
=
(Igual a): Seleciona linhas onde o valor da coluna é igual ao valor especificado.
SELECT * FROM produtos WHERE categoria = 'Eletrônicos';
<>
ou !=
(Diferente de): Seleciona linhas onde o valor da coluna não é igual ao valor especificado.
SELECT * FROM pedidos WHERE status <> 'Enviado';